quarta-feira, 6 de julho de 2016

A CRISE PORTUGUESA

Este artigo foi publicado vai para quatro anos e meio. Foi escrito pelo conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, onde elenca alguns caminhos, tendentes a solucioná-la.
Ao ler hoje o mesmo verifica-se que nada se alterou desde os tempos que nos levam a este descalabro. Não é de hoje nem de ontem, mas desde à quarenta anos atrás.

Ora leiam:

Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história, que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrarem crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa, em primeiro lugar, averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde a CE mais investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas; estádios de futebol; constituição de centenas de instituições publico-privadas, fundações e institutos de duvidosa utilidade; auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício; pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações; apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos; elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica; o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos, cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro, já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista)  que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS(Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista), vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.  
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de comunicação. Ora, aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs, as Rádios e os Jornais são, na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria, ao comércio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
 
Ora, é bem de ver que com este caldo não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho, enquanto o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante pode ajudar a população a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras,  enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.


O Problema é de Todos

Na Europa quem será a Galinha? 
Quem será o Porco? 
Quem será a Vaca?
Os Ratos já nós sabemos quem são (Grécia, Irlanda e Portugal). 
A ratoeira é a dívida Soberana e a Cobra são os Mercados.

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. 
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. 
Correu ao pátio da fazenda e advertiu todos: 
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! 
A galinha disse: 
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda. 
O rato foi até ao porco e disse: 
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! 
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações. 
O rato dirigiu-se à vaca. E ela disse-lhe: 
- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não! 
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira apanhando a sua vítima. 
A mulher do fazendeiro correu para ver o que tinha apanhado. 
No escuro, ela não viu que a ratoeira  tinha apanhado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro levou-a imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. 
Toda a gente sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou no seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. 
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. 
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. 
A mulher não melhorou e acabou por morrer. 
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro, então, sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. 


“Da próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.”

A MORTE DA EUROPA

Aí está ela... anda no ar e vai descer à terra... já cheira...a Revolução???


De há uns meses a esta parte começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!

... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo : Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias  massivas!), a inflação controlada, etc...

3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico,  financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).

8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!

Eis pois, a Revolução!

Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. 
Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!

Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!

Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...

terça-feira, 5 de julho de 2016

A verdade à vista de todos

Ao ver este vídeo a maioria irá ficar perfeitamente esclarecida sobre o assunto em foco.
A criação da União Europeia não foi mais do que uma tentativa para abater o dollar mas não se conseguiu.
Aqui está tudo explicado e numa maneira muito simples podemos ver a realidade das nossa vidas.
O Euro não serve para nada, pois para adquirir os principais produtos geradores de riqueza, precisamos do dollar. Petróleo, prata e ouro só em dollars e depois quem controla tudo é o Grupo do Banco Mundial.


A diferença entre dia e noite.

Esta informação é muito útil e deve ser divulgada, para saberem todos o que fazemos quando votamos em parasitas, que se recusam a reduzir os seus privilégios mas votam para que seja o povo trabalhador a fazer os sacrificios para que a Nação não se afunde, quando somos nós que lhes pagamos e os pusemos lá. Nunca vi tanta incompetência junta !!!
Cá vai.
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DEPUTADOS NO REINO UNIDO...!

Não é de estranhar, mas é interessante saber...
 como tudo é diferente...!

Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",

1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);

    detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e
    qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do
 próprio Parlamento.
     E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.

Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.


A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados
 que trabalham na Assembleia têm um subsídio equivalente a 80% do seu vencimento? 
Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00? lá dentro ganharia 1800,00? 
Porquê? 
Profissão de desgaste rápido?  
E por que é que os jornais não falam disto?

Porque têm medo?
 Ou não podem?

segunda-feira, 4 de julho de 2016

ORA AQUI ESTÁ UMA COM PIADA.


Publicação de 10 Agosto 2011


Este país não é para corruptos

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer.


... Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos NévoaO tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal,  quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo
A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."
 

Afinal a censura continua - governos xuxialistas!

"Plano Inclinado"  - programa transmitido na SIC Notícias a 12 de Fevereiro de 2011 foi na altura mais um censurado pelo sistema político português. 
Nesta  emissão, o fiscalista Henrique Medina Carreira e o ex-dirigente socialista Henrique Neto explicam que os partidos políticos funcionam como máfias e estão a levar Portugal à bancarrota económica pela segunda vez na História de Portugal.

Henrique Neto revelou a forma como a Maçonaria controla os partidos (ver minuto 26:33). Depois deste programa ir para o ar, a SIC cancelou todas as emissões seguintes.

Os convidados também concordam que não existe nenhuma alternativa dentro do parlamento, com partidos como o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista a defenderem ideias retrógradas do séc. XIX.

Actualização de 28 de Fevereiro:
Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que Henrique Medina Carreira foi afastado por ser incómodo, num texto publicado no seu blogue do jornal Sol: 

«Por falar em más notícias, Medina Carreira foi colocado, gentilmente, de quarentena. Um mensageiro, há tantos anos, de más ou mesmo péssimas notícias, é sempre visto com enfado se e quando algumas dessas notícias podem chegar à ribalta. Nessas ocasiões, é sempre preferível algo de mais leve para distrair os espíritos...»

Pós- troika ou após as trocas?



Hoje que aqui voltei por certo irão ver recordações de um passado recente mas que infelizmente se continuam a repetir ao longo dos tempos.
Há quem diga em alguns sites de internet que estamos saudosos de um grande estadista que tivemos neste País, por ventura o melhor ou um dos melhores do último século.

Por certo até concordo. Pelos menos as saudades de uma gestão séria e honesta dos dinheiros públicos sem proveito pessoal ou de quaiquer outros a si ligados.
Neste vídeo está uma vez mais tudo devidamente esclarecido.

Poderia ser mais ridículo, mais falso e traiçoeiro?

Repentinamente, os partidos cujos políticos corruptos e ladrões arruinaram e destruíram o país, estão cheios de patriotas salvadores da nação.


Afinal, quem são esses heróis, se não os mesmos do primeiro parágrafo? Tentam continuar a angariar os votos daqueles a quem desgraçam a vida, continuamente. Só parvalhões podem continuar a acreditar neles, e como em Portugal não faltam, aí está porque as suas artimanhas de falsidade obtêm o apoio incondicional dos tolos incondicionais.

O que é necessário e que os portugueses querem, mesmo votando ao contrário, é bem diferente. Ou seja, votam nas máfias em lugar de se absterem, já que a constituição tão ridiculamente antidemocrática não permite outra forma de protesto, mas permite manifestações que não se fazem neste sentido, Entretanto, permite que até as petições em boa forma para referendos sejam deitados ao lixo pela máfia corrupta, como temos observado. Democrática, chamam eles a esta constituição.

O que é urgentemente necessário para o país e para a sua população é o que se segue, transcrito dum e-mail recentemente recebido, sem esquecer que também a mudança da constituição se torna, ela própria, urgente, de modo a democratizar a participação da população na governamentação. De outro modo, digam os corruptos o que disserem, nada poderá mudar, pois que de nenhum outro modo é impossível de controlar os seus crimes que lels mesmos absolvem por leis corruptas que fazem a fim de lhes garantir a impunidade.  Eis a dita lista.


Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.

2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Infelizmente cerca de 5 anos após a publicação deste texto no blog indicado

http://pulseiraeletronica.blogspot.com  dá uma ontade enorme em repeti-lo de novo tal é a realidade actual.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

ABRIL - As memórias de um Herói

SALGUEIRO MAIA

O verdadeiro homem do 25 Abril. 
Cumpriu o seu dever para com o País e retirou-se.
Um dos poucos, e não são mais de meia dúzia, que me merecem respeito.
Ouvir para relembrar.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

ABRIL - O mês da Mentira - V

Boas tardes. Aqui estou de novo tentando transmitir um pouco daquilo que senti durante os quase dois anos e meio em que estive na chamada Guerra Colonial ou do Ultramar.
Como atrás referi e conforme está descrito em várias publicações o início dessa luta foi e sempre será vista como uma guerra de tribos.
 As atrocidades cometidas podem ser vistas em muitas imagens publicadas na net e a maioria delas divulgadas por antigos combatentes que não imagino como se devem ter sentido ao presenciarem muitas daquelas situações. São duras de se ver e espero que me perdoem a sua publicação.

Aqui estão algumas das imagens que se depararam às tropas que chegaram a Nanbuangongo logo após os ataques de 16 de Março de 1961.



Como podem verificar a grande maioria são de naturais de Angola. Foram libertados de quê?
Quem foram os atacantes? A UPA – União dos Povos de Angola. Mas a minha questão será sempre esta. Para libertar o meu país e meu povo, tenho que matar irmãos? Não… … … e a UPA é assim descrita desde o início num extracto do livro escrito pelo excelentíssimo Senhor tenente – coronel António Lopes Pires Nunes.

“ No dia 15 de Março de 1961, Angola acordou sobressaltada com notícias preocupantes sobre algo de muito grave que ocorria nos distritos de Uíge, Zaire e Cuanza Norte. Os portugueses tomaram, então, conhecimento da existência da UPA (União dos Povos de Angola), movimento independentista que, acoitado no Congo ex - belga e com o apoio de algumas organizações internacionais, cometia naquela região um generalizado massacre. Hordas enlouquecidas, armadas com catanas, assassinavam selvaticamente pessoas de todas as raças, credos e idades, destruíam as estruturas económicas e viárias e incendiavam as fazendas e as povoações daquela tão vasta e rica região, fazendo do Norte de Angola um verdadeiro inferno. Desolação, casas fumegantes, estradas cortadas e cadáveres por todo o lado, era só o que a observação aérea podia detectar. As populações aterrorizadas refugiaram-se nas matas, fugiram para os países vizinhos ou acolheram-se a alguns núcleos de resistência, como Carmona, Negage, Mucaba ou Quimbele, aguardando a chegada de socorros. Por seu lado, as autoridades militares reagiram às atrocidades com as poucas forças armadas disponíveis, que unidades metropolitanas reforçaram, e sustiveram o ímpeto da UPA.” 

Aliás quem quiser consultar mais coisas sobre o assunto acedam a:


A partir desta situação tudo se arrasta ao longo do país e todo o povo fica subjugado por uma espécie de ditadura. Digo ditadura e penso ter razão pois aquilo que se foi assistindo ao longo de treze anos foi mau, mas infelizmente piorou para todos os naturais logo a seguir ao chamado dia da liberdade.
Como vos disse amigos esta é minha opinião e pouco mais irei acrescentar por agora.
Fiz muitos amigos naquelas esplêndidas terras e nunca liguei à cor da pele. As amizades não ligam a esses pormenores.
Não nego aqui, que não tenha havido escravatura de parte de alguns salafrários que exploraram os povos, mas hoje isso ainda se vê em quase todo o lado e não estamos isentos dessas situações. Vê-se em Angola, em Moçambique, na Guiné e até aqui no Continente, mas a minha opinião sobre o que se passou ninguém me tira da cabeça.
O 25 Abril não trouxe qualquer benefício à generalidade das populações das ex – Províncias Ultramarinas da maneira que foi consentido. 
Apenas e para terminar por hoje digo que estava previsto no programa governamental em vigor na altura que fosse feita uma consulta popular em meados de 1975 para depois se avançar com eleições livres em 1980, caso fosse essa a vontade demonstrada pelas populações.
Por agora termino estas minhas intervenções.
Até sempre amigos.

terça-feira, 26 de abril de 2016

ABRIL - O mês da Mentira - IV

Bons dias amigos

De novo e após este luto pessoal aqui estou continuando a minha vida e a tentar ainda hoje a ver se consigo compreender o que se passou fez ontem 42 anos.
Ora não sei se alguém se interessou pelo “site” que eu referi nos “post’s” anteriores, mas aí como disse podem ser encontrados muitos documentos que levarão cada individuo a analisar este assunto com calma e frieza.
Pessoalmente apenas recordo que a única coisa certa que se fez foi acabar com a mobilização de jovens para a chamada Guerra do Ultramar. A situação política manteve-se instável durante bastante tempo e as realidades foram sendo cada vez mais escondidas. 
A Guerra do Ultramar o que foi???

No site da “ Wikipédia “ está razoavelmente explicada o que foi:


Mas na realidade o que se passou na data referida como sendo o inicio desta Guerra – 4 de Fevereiro de 1961.
Os relatos oficiais são pouco explícitos e conclusivos. Sabe-se que foi o dia em que se deu um ataque à cadeia de Luanda e foram mortos alguns elementos policiais, levado a cabo pelo MPLA.
Mais tarde a 15 de Março é referido que houve ataques levados a cabo pelo UPA num ataque tribal, que deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões de Angola.
Aqui se começa a ver que o início desta Guerra se deve a aspectos tribais, pois Angola, como aliás quase todos os países africanos, nunca existiram como NAÇÕES até à chegada do chamado colono ou colonizador. Os povos eram na sua base nómadas e circulavam de um local para outro na procura de alimentos mas por vezes estacionavam numa determinada área que era protegida contra ocupações de elementos doutras raças ou tribos.
Esta a situação normal e que muitos que cumpríramos seus deveres militares devem ter constatado nos respectivos locais. Pessoalmente apenas posso falar de Angola.
As narrativas deste massacre inicial são deveras impressionantes e na maioria foram feitos por naturais do local onde foram efectuados os ataques.
Aqui está um desses relatos:

 Algumas fotos estão omissas, mas são deveras alucinantes. A questão que se coloca é a seguinte: Era isto uma guerra pela libertação e independência?
Penso que não, mas cada um terá as suas opiniões. Felizmente não assisti a nada do género, mas estive perto de alguns locais passado cerca de seis anos depois. Aquilo que vi e que posso testemunhar era o apoio que na maioria dos locais as nossas forças armadas tinha junto das populações pois sempre que se previa um ataque os povos deixavam as aldeias e ficavam perto das nossas unidades militares. E isto verifiquei quer no Norte quer no Leste de Angola.
Hoje depois de tudo o que se passou cada vez me questiono mais. Terá valido a pena tantas vidas que se perderam?
Gostem ou não vou continuar a publicar por aqui coisas de parte de realidade a minha juventude e de muitos de nós.
Até amanhã.

sábado, 23 de abril de 2016

LUTO PELO MEU PAÍS


A todos os meus amigos
Vou iniciar um período de luto por este País.
Remeto-me ao silêncio absoluto e não escreverei nada por aqui sobretudo no que diga respeito a política, nos dias 24 e 25 deste malfadado mês de Abril, o mês da nossa desgraça.

ESTOU DE LUTO PELA PÁTRIA QUE ESTÃO A DESTRUIR!

ESTOU DE LUTO POR PORTUGAL DE TODOS OS PORTUGUESES!


ESTOU DE LUTO POR CONTINUAREM A DESTRUIR O PAÍS PELO QUAL EU E OUTROS COMO EU COLOCARAM AS SUAS VIDAS EM PERIGO!



ABRIL - O mês da Mentira - III

Bons dias.
Hoje começo mais cedo as minhas deambulações por aqui mas mantendo o teor do tema iniciado e como já afirmei é única e exclusivamente a minha opinião sobre parte da realidade dos factos mencionados.
Ora foi referido que uma das principais origens do movimento dos capitães que leva ao 25 de Abril foram as facilidades que começaram a ser dadas aos oficiais milicianos para o seu ingresso no quadro permanente de oficiais. As reuniões entre oficiais do quadro tornaram-se uma constante para falarem sobre este assunto, tendo até sido considerado em conta também a situação que se começara a verificar com a classe de sargentos.
Salvo erro em Março de 1973 o então capitão Vasco Lourenço envia uma carta dirigida a diversos capitães para algumas unidades espalhadas pelo País. O teor da carta fazia referência a estes problemas e poderemos ler como se costuma dizer, nas entrelinhas, o motivo principal era o DESCONTENTAMENTO sobre a situação.

Este texto é parte do 1º parágrafo.

“ Prestígio do Exército Português está muito por baixo. É uma realidade … … … …
 e basta verificar quantos militares “ousam” enfrentar normalmente o dia a dia, fora de serviço, envergando a respectiva farda. “

Continuando a sua leitura verificamos de seguida estes vários excertos:

É chegada a hora de terminar este estado de coisas, pôr termo a esta situação, … … … … conseguir uma solução satisfatória e digna. “
… … … … “Estamos confiantes em que a nossa coragem, em enfrentar o problema, faça acordar todos aqueles que TÊMOBRIGAÇÃO em nos imitar, pois outra coisa não farão que defender a SUA POSIÇÃO MILTAR.” 
… … … “ … … … e apoio moral de grande parte dos Oficiais do Q.P. que bem conhecem as nossas dificuldades e justas aspirações” .
“… … … inerentes à nossa classe e também à Classe de Sargentos, … … … os problemas das outras duas classes que são os CABOS MILICIANOS e das PRAÇAS, … … … “ .

Quem pretender ler o conteúdo total é só aceder a este endereço que faz parte da biblioteca da Universidade de Coimbra e que se refere a quase tudo sobre esta data:

Podem dizer que aquilo que escrevo é uma interpretação pessoal sobre o assunto. Poderá ser mas também sei que muitas pessoas estão em parte de acordo com aquilo que digo aqui e que se refere na realidade à situação que se pretendia preservar sobre as promoções a passagem a oficiais do quadro. Para acalmar dúvidas é só entender o teor concreto dos Dec.Lei nº 353/73 de 19 de Julho e Dec.Lei nº 409/73 de 20 de Agosto, ambos de 1973.
A partir daqui tudo se passa rapidamente e chega-se ao ponto a que se chegou.
Depois de analisarem os documentos inseridos no site atrás referido cada um que os leia tomará a sua atitude e interpretara as coisas da maneira que quiser, mas que houve coisas escondidas houve.
Podem dizer que não eram do interesse da população. Pode ser que sim pode ser que não, mas uma coisa é lamentável de se ver, se houve quem não cumprisse com os acordos feitos deveria ter sido punido e aí o Povo sabe que houve muitos que foram além do acordado. O que lhes aconteceu? Nada.
Mais uma vez afirmo que isto é a minha opinião e a liberdade que me foi concedida é a única coisa que acho que lucrei com essa data. LIBERDADE DE EXPRESSÃO!
Portanto amigos consultem aquele site e analisem à vossa maneira o que lá está expresso. Agradeço a todos a vossa paciência e obrigado pela atenção.


sexta-feira, 22 de abril de 2016

ABRIL - O mês da Mentira - II

Ora então uma vez mais boas noites amigos.
Vou tentar continuar o tema que iniciei sobre aquilo que penso sobre o mês de Abril e em tudo o que aconteceu no fatídico dia vinte cinco (25).
Refiro anteriormente que muita coisa foi ocultada ao Povo, sobretudo que a chamada revolução popular parte de um movimento corporativista.
Agora analisando o facto expresso tento expressar o que é o corporativismo e que se encontra detalhadamente registado neste site:

O corporativismo é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na Itália Fascista  (que foi a principal diferença entre o regime Fascista e o Nazista).  De acordo com seus postulados o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos interesses económicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, que através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política.

Seria isto uma verdade?
Parte do que ouvi e por aquilo que vivi durante cerca de 5 anos, que foi o meu tempo de serviço militar, muitas verdades foram ocultadas ou pervertidas.
Peço uma vez mais desculpas mas a necessidade de relatar esta parte da minha vida pessoal pode tornar mais fácil a compreensão de eu dizer o que digo, mas como em tudo que se passa nas nossas vidas, também posso ter sido ludibriado.
Segundo consta começou a surgir um mal-estar em alguns quadros militares desde 1968, sobretudo com patentes de oficiais, devido às constantes alterações que desde 1966 eram feitas às condições de admissão de jovens à Academia Militar
Não o posso afirmar em concreto, mas muitas das coisas que se passaram e algumas delas representadas em documentos que como disse deixaram de se poder ver em diversos “sites” da “net” com excepção daquele que aqui indico:


Antes do problema da guerra do ultramar era necessário ter sido aprovado no exame de acesso às faculdades para ter acesso àquela unidade, Academia Militar, mas com o correr dos tempos as alterações permitiam que fossem admitidos alunos (cadetes) só com o exame do 7º ano.
Nas armas de cavalaria e infantaria o tempo total do curso era de três anos, seguindo-se depois a colocação como aspirante numa unidade dessas especialidades durante seis meses a um ano consoante as necessidades, sendo depois mobilizados como alferes para o ultramar. As comissões duravam cerca de dois anos sendo o regresso à metrópole como tenente.
Colocados numa unidade da sua arma e depois de uns tempos eram de novo mobilizados e chegavam ao posto de capitão. Este período rondava por norma um período de um ano.
 Ora até chegar ao posto de capitão o tempo total de um aluno da academia era de cerca de sete anos.
Num miliciano era diferente.
Curso nas armas de cavalaria e infantaria demorava seis meses, sendo três meses na recruta e outros três na especialidade onde eram colocados, depois como aspirantes eram colocados numa unidade para formar a companhia onde seriam destacados para o ultramar com a patente de alferes.
Cumprida a comissão regressavam a Portugal e se pretendessem seguir a carreira das armas tinham duas hipóteses. Frequentar um curso na Academia com a duração de um ano, promovidos a tenentes, seguindo após o fim do curso para uma unidade militar afim de formar nova companhia para o ultramar. Conforme as especialidades seguiam já como capitães, passando a pertencer logo ao quadro.
Neste aspecto está na generalidade a diferença. Ora vejam.

Oficial do quadro permanente:
3 anos na Academia como cadete
1 ano numa unidade como aspirante
2 anos no ultramar como alferes
1 ano como tenente no continente e promovidos a capitão ao formarem uma companhia para regressar ao ultramar.
Portanto como se pode ver demora de cerca de SETE anos até ao posto de capitão.

Oficial miliciano:
6 meses de curso como cadete
6 meses até ser mobilizado como aspirante
2 anos como alferes no ultramar
1 ano como tenente no continente sendo de novo mobilizados para ultramar regressando passado um ano
6 meses no continente como tenente a formar nova companhia embarcando de novo para o ultramar como capitão.
Totais dispendidos quatros a cinco anos conformem as especialidades.

Uma outra vertente, era o caso de que a maioria das famílias facilitar a emigração dos seus filhos para evitar a ida deles para o serviço militar obrigatório e assim começa a haver falta de oficiais milicianos o que obrigava os do quadro a terem que avançar para zonas onde a guerrilha actuava deixando o bem estar das sedes dos comandos das unidades, quer fossem batalhões quer fossem companhias e assim estarem sujeitos a muitos maiores perigos.
Depois em Portugal as coisas também não estavam melhores e as dificuldades colocadas pelo governo nos acessos dos milicianos aos quadros levou a que muitos regressassem aos seus empregos.
A morte de bastantes oficiais do quadro depois de 1971/1972 faz surgir um movimento onde estas motivações são colocadas em jogo.
A partir daqui a luta interna é intensificada, mas lá iremos.
Hoje fico por aqui. As minhas saudações amigos.


ABRIL - O mês da Mentira - I


Amigos tenho que pedir de novo desculpas por esse longo tempo sem aqui escrever nada, mas infelizmente a vida tem destas coisas e sem sbaer ainda os motivos estive impedido de aceder a estas minhas páginas.
Como todos sabem estamos no mês de Abril que é o quarto mês do nosso calendário.
E aqui coloco para já uma questão: 

O que será ABRIL??? 

Fui até “ net “ e encontrei esta explicação:

 Abril é o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas.
Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
Outra versão é que se relaciona com Afrodite, nome grego da deusa Vênus, que teria nascido de uma espuma do mar que, em grego antigo, se dizia "abril".

Há uma outra versão que vem dos velhos ditados portugueses que é: “ Abril é o mês das águas mil “, ou pelo menos foi assim que desde miúdo ouvi dizer.
Infelizmente passados tantos anos o mês de Abril além de poder ser aquilo que atrás está expresso, passou também a ser o mês das mentiras e por sinal até no primeiro dia do mês se comemora este dia.
Para mim pode-se celebrar no dia um e no dia vinte e cinco, pois penso que será o dia em que mais se mentiu a todos os portugueses.
O chamado dia da liberdade serviu para quê???
Para libertar ladrões, usurários, mentirosos e sobretudo políticos que os apoiam e retiraram muitas das nossas prerrogativas.
Temos liberdade para falar e/ou exprimir as nossas opiniões pois já não há PIDE. 
Certo.
E serve para quê?
NADA, pela simples razão de que antes os “ bufos “ ouviam e só contavam aos chefes. Muitos eram conhecidos outros não.
Hoje? Hoje os “ bufos “ existem em todo o lado e se calhar até muitos dos nossos supostos amigos e vizinhos o são.
Podem perguntar porquê? Porque que é que digo isto?
Fácil, hoje num café estás a falar com amigos e/ou conhecidos e podes ter a certeza quase absoluta de que no dia seguinte todo o bairro vai saber de parte da conversa.
Realidade ou não, este assunto dá que pensar.
Então  o que foi na realidade o 25 de Abril?
Uma revolução popular ou tão somente uma revolução corporativista em beneficio de uma classe social que se estava a sentir lesada?
Muitos factos nos foram omitidos e muitos mais pervertidos para não nos dizerem a verdade. 

Sobre isto cada tem as suas ideias e cada um fica com elas, pois muitos dos documentos que surgiram publicados em “ sites “ de “ Internet “ hoje já lá não se encontram.
Hoje fico por aqui mas muita coisa gostaria de ver esclarecida e só peço atenção para a ameaça velada que já esteve no ar.