Hoje é Domingo. Primeiro dia da semana para uns e último dia para outros. Independentemente de quem tenha razão, o que nos salta à vista no dia de hoje são os relatos da mais variada imprensa sobre a manifestação nacional realizada pelos docentes no dia de ontem em Lisboa.
Desta vez nem a própria policia adiantou números, alegando uns que era difícil de calcular dada a extensão dos participantes , alegando outros que não tinham autorização para divulgar números estatísticos.
Seja como for esta deve ter sido das maiores manifestações que uma classe profissional já realizou em Portugal no pós 25 de Abril. Não me cabe a mim, nem para tal tenho capacidade, por desconhecimento prático do que está em jogo, analisar de quem é a razão mas uma coisa é fácil, qualquer um se apercebe do que está por trás de tudo o que se passa.
PARA O ANO É ANO DE ELEIÇÕES!
As desculpas do Governo são sempre as mesmas como adiante se verá. Houve negociações!!!
Mas qual negociações qual carapuça. Houve uma imposição igual àquela que se quer fazer agora para discussão dos vencimentos da Função Pública, que por tabela afectam todos os vencimentos nacionais, excepção para os cargos POLÍTICOS.
Se o orçamento de Estado prevê um aumento de 2.9% e nada mais, pergunto: O QUE É QUE SE VAI NEGOCIAR?
Vejam as declarações da senhora ministra em comentários à manifestação:
Sobre o modelo de avaliação que está no topo das críticas dos professores, a governante mostrou-se intransigente: "Não há outro disponível, só há este modelo, que foi o possível e que demorou dois anos a ser trabalhado e concretizado", afirmou… … … Maria de Lurdes Rodrigues só não entende que os sindicatos tenham convocado a manifestação de ontem depois de terem assinado um memorando de entendimento com o Ministério, em Abril.
As horas despendidas para a elaboração do programa não são para deitar fora. A ministra recorda os dois anos e as mais de cem reuniões sindicais realizadas
Mais de cem mil professores de todo o País manifestaram-se ontem nas ruas de Lisboa e aprovaram uma greve para 19 de Janeiro e o endurecimento das formas de luta contra o modelo de avaliação de desempenho.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reagiu ainda a manif não acabara, garantindo não aceitar a suspensão da avaliação, o que suscitou uma reacção dura dos sindicatos, que prometem 'guerra' e admitem antecipar a greve para este ano ainda.
'Ou o Ministério da Educação suspende a avaliação de desempenho, avançamos para a negociação e o ano lectivo decorre normalmente, ou o ME vai ter luta o ano todo. Se querem guerra vão ter', proclamou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, em cima do palco montado no Marquês de Pombal, ponto final de uma manifestação que durou mais de quatro horas.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assegurou que o processo de avaliação de professores é para continuar e que nem a dimensão da manifestação a vai fazer voltar atrás … … … 'Este processo é o resultado de uma negociação.”
Maria de Lurdes Rodrigues critica sindicatos por não cumprirem acordo com tutela ( Público )
A ministra da Educação reafirmou hoje que não vai recuar no sistema de avaliação do desempenho de professores, mesmo com dezenas de milhares de professores a contestar a sua política educativa. Numa reacção à manifestação que decorre em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues lamentou que os sindicatos do sector venham para a rua criticar o modelo de avaliação que resultou de um entendimento com o ministério.“Estão criadas condições institucionais e legais para que se concretize a avaliação. Não tem sentido para mim falar de outro modelo de avaliação. Este foi negociado durante mais de dois anos. Este modelo não saiu de uma cartola, foi negociado com os sindicatos em mais de 100 reuniões”, insistiu, dizendo esperar que “os sindicatos cumpram o que foi acordado”.
Portanto está tudo esclarecido. Não vale apenas negociar, porque não há negociação nenhuma e tudo o resto é PAISAGEM.
Nem melhor se fazia antes do 25 de Abril e tudo no interesse do bem comum(?). Viva SÓCRATES E O SEU GOVERNO!