domingo, 30 de novembro de 2008

NÃO FOI PARA ISTO

Ajudar quem precisava
O que se encontrou após os primeiros ataques da Guerrilha
Rua de Nova Lisboa
Cemitério de Cidade Vila Luso . actual LUENA FOTO de 2004
Ontem após ter escrito o post anterior fiquei a pensar se seria útil ou não continuar esta divulgação.
Pensei que sim. São Memórias para o Futuro. Memórias que não devem ser omitidas para que os mais novos vejam a realidade do que os seus pais e avós passaram e viram.
A guerra existiu. A colonização foi uma realidade. A descolonização (?) também.
Mas a pergunta mantém-se.
Foi para isto que jovens angolanos e portugueses perderam a vida e/ou ficaram estropiados? Muitos com o que hoje se designa por SPT - stress pós traumático?
Afinal no que resultou a descolonização. Na substituição de uns colonos por outros, que tudo levaram, até alguns bens móveis.
E o POVO em nome de quem dizem ter sido feito esta guerra o que é que lucrou. Mais fome, mais miséria e mais mortes.
Não digo que a situação se deveria manter com esteve durante cerca de quinhentos anos, mas julgo haver meios políticos e humanitários mais sérios de que aqueles que foram usados.
As fotos acima, algumas um pouco cruéis, representam aquilo que ainda hoje se vê em Angola.
Destruição e miséria.
Será que foi isto o que prometeu? Será que foi esta a herança deixada por Portugal?
Esperemos que não.
Deixo hoje mais um endereço electrónico onde se pode observar o que era, o que foi e o que é hoje aquele País.
http://www.lusoluena.com

sábado, 29 de novembro de 2008

GANANCIA E PODER

Cláudia Pedra, o rosto da Amnistia Internacional até há uns meses, lança uma empresa, a Stone Soup, para ajudar os outros. E está no centro da Plataforma Eu Acuso, que pedirá contas aos políticos de compromissos não assumidos. "Não me vejo a trabalhar para o lucro de alguém, mas sim a ajudar as pessoas." A frase ilustra a alma de Cláudia Pedra, 34 anos, ex - directora executiva da Amnistia Internacional. Uma militante empenhada que será o rosto, a 9 de Dezembro, do Tribunal de Consciência Eu Acuso, na Sala 1 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde os políticos se sentarão no banco dos réus por não cumprirem compromissos assumidos na cimeira EU - África. Cláudia Pedra coordena a Plataforma Eu Acuso, composta por 13 organizações da sociedade civil, que pedirá contas a políticos, media e sociedade civil portugueses, num Tribunal de Consciência, presidido por um juiz, sete jurados, advogados de acusação e réus (fictícios), sobre os compromissos assumidos na Cimeira UE-África em Dezembro de 2007. O julgamento simbólico vai centrar-se nos fluxos migratórios, que afectam milhares de pessoas, refugiados e outros, que tentam chegar à Europa para fugir da pobreza e desemprego, mas são vítimas de tráfico, tratamento inumano e morte. Ou passam meses em centros de detenção policiais. "Vai ser um desafio...", promete Cláudia Pedra.
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Hoje ao folhear o DN sou confrontado com o artigo acima referido do qual extraí uma sumula e que poderá ser lido na integra no "link" agora referido.

Não dou nem deixo de dar razão a quem tem a sua opinião e a expressa livremente como mandam as regras da Democracia, estado em que julgo estarmos ainda a viver. Nunca por nunca quis abordar este tema em qualquer lugar que escrevo ou onde apresento os meus comentários.

É um assunto que tento evitar sempre que posso, mas hoje não fui capaz de me calar, por mais razões que a jornalista possa ter bem como a mentora do artigo em causa. E não sou capaz de me calar sem deixar de colocar uma série de questões, sabendo o risco que corro de ser apelidado de saudosista o passado, fascista ou outro qualquer epíteto normal nestas circunstâncias.

EU PASSEI PELA REALIDADE.

O Povo Português, a sua juventude dos anos 60/70 foi mandada combater por uma causa justa ou não, mas que na altura era real. Fomos todos forçados ou voluntários à força, desde que não houvesse hipóteses de fuga. Outros foram-no convencidos de que estavam a cumprir o seu DEVER para com a NAÇÃO. Há ainda aqueles que foram porque quiseram, pois era a sua profissão, mas que hoje tiram o rabo da seringa, mas exigem benesses a que se dizem com direitos. Os Povos lutaram pelas suas independências. Mas quais Povos. Convivi de perto como povo e nunca me foi dito que estavam mal, nunca me foi negado a ajuda quando dela necessitei e nunca deixei de ajudar quando foi necessário. A nossa, minha, ligação com aquela gente era real. Se havia quem quisesse usufruir de regalias que estavam a ser exploradas por terceiros, os colonizadores, não era o povo. Ou por outra, era o povo desde que viesse a beneficiar de algo. Depois da " descolonização ( ? ) " quem beneficiou? O POVO não foi de certeza e uns exploradores foram por outros substituídos. Não é preciso ser muito inteligente para ver isso. É preciso ter senso comum e ver a realidade com olhos de gente. Muitos sites e blogues na 'net' reportam a situação. Analisem, vejam e comparem:

http://africaminhamami.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

http://www.prof2000.pt/users/secjeste/arkidigi/AZaza002.htm

http://bimbe.blogs.sapo.pt/2008/09/23/

Também quero aqui deixar as imagens que me marcam desde essa data comparadas com outras mais recentes.

A quem serviu esta destruição?Quem lucrou?

OS POLITICOS DEVEM SER JULGADOS.
SIM!
MAS TODOS, DE AMBOS OS LADOS E DESDE OS IDOS DE 1974.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O ENSINO E A EDUCAÇÃO

  • " Não concordo com a politica do facilitismo para obter boas notas "
  • " Lazer e trabalho não se misturam . Isso não é opção "
  • " Sempre tive boas notas. Mas nunca me caíram do céu, foi à custa de muito trabalho, imenso trabalho "
  • " Entreguei-me de corpo e alma aos livros e tive de abdicar de algumas coisas... mas não estou arrependida "
  • " Não tive computadores ou calculadoras, mas decorei poemas e a tabuada. E não me fez mal nenhum "
  • " Ensinaram-me o que é a responsabilidade e integridade e aprendi a ser metódica "

Estas frases assim simples e reais não foram proferidas por nenhum politico nem por nenhum dos últimos intervenientes nas lutas escolares. Nenhum mestre diria melhor. É sentir a justa recompensa de anos e anos de trabalho.

Foram pura e simplesmente ditas pela melhor aluna do País, que ainda nos brinda com mais uma última e esclarecedora opinião que seria óptimo que os líderes nacionais a vissem como uma opinião sincera e onde há conhecimentos de causa:

"... não acredito em facilitismos para se obter boas notas e duvido de algumas modernices. "

Esta aluna está a frequentar o Curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Porto, para onde entrou com a nota máxima de 20 valores e recebeu agora um prémio por esta nota.

Não sou ninguém para emitir qualquer comentário e apenas lhe desejo boa sorte e que os seus sonhos se tornem realidade.

BOA SORTE!

domingo, 16 de novembro de 2008

ESQUECIMENTO ...

Deixei passar em claro ao dia do falecimento de mais uma voz que lutou pela liberdade do seu Povo e que em Portugal muito poucos da minha geração se lembrarão dela.
Estava proibida a reprodução das suas canções no nosso País, contudo em Angola nos idos anos de 1967 ainda se fazia ouvir.
Faleceu MIRIAM MAKEBA. Aqui deixo a canção que a lançou no mundo da música.
PAZ À SUA ALMA

HAJA RESPEITO!

Diariamente faço uma viagem pelos blogs de referência, da minha referência, porque publicam coisas interessantes e que aceitam comentários sem os considerarem ofensas. Sabemos que cada um de nós tem as suas sensibilidades e as suas conotações ou ligações partidárias pelo que ao lermos as opiniões dos outros podemos por sua vez alterar as nossas próprias ideias.
Todos sabemos que isto anda tudo às avessas e para nos sacar mais alguns cobres afim de aumentar a riqueza pessoal, quer dizer a riqueza dos cofres do Estado, já só falta virarem-nos de pernas para o ar.
Mas já não somos só nós que estamos de pernas para o ar. O País está de pernas para o ar.
A Bandeira Nacional um dos símbolos da Pátria é tratada da maneira que se vê nas fotos abaixo. E onde se viu isto? Nem mais nem menos do que na P.G.R. ali à Rua da Escola Politécnica.
As fotos copiei-as do Blog " O JUMENTO " a cujo o autor peço as minhas desculpas, mas não resisti uma vez mais a copiar o bom que ali é publicado.
Aliás dêem uma vista de olhos neste blog, pois além de excelentes criticas tem também publicado excelentes fotografias.

domingo, 9 de novembro de 2008

HOJE É DOMINGO!!!

Hoje é Domingo. Primeiro dia da semana para uns e último dia para outros. Independentemente de quem tenha razão, o que nos salta à vista no dia de hoje são os relatos da mais variada imprensa sobre a manifestação nacional realizada pelos docentes no dia de ontem em Lisboa.
Desta vez nem a própria policia adiantou números, alegando uns que era difícil de calcular dada a extensão dos participantes , alegando outros que não tinham autorização para divulgar números estatísticos.
Seja como for esta deve ter sido das maiores manifestações que uma classe profissional já realizou em Portugal no pós 25 de Abril. Não me cabe a mim, nem para tal tenho capacidade, por desconhecimento prático do que está em jogo, analisar de quem é a razão mas uma coisa é fácil, qualquer um se apercebe do que está por trás de tudo o que se passa.
PARA O ANO É ANO DE ELEIÇÕES!
As desculpas do Governo são sempre as mesmas como adiante se verá. Houve negociações!!!
Mas qual negociações qual carapuça. Houve uma imposição igual àquela que se quer fazer agora para discussão dos vencimentos da Função Pública, que por tabela afectam todos os vencimentos nacionais, excepção para os cargos POLÍTICOS.
Se o orçamento de Estado prevê um aumento de 2.9% e nada mais, pergunto: O QUE É QUE SE VAI NEGOCIAR?
Vejam as declarações da senhora ministra em comentários à manifestação:

Sobre o modelo de avaliação que está no topo das críticas dos professores, a governante mostrou-se intransigente: "Não há outro disponível, só há este modelo, que foi o possível e que demorou dois anos a ser trabalhado e concretizado", afirmou… … … Maria de Lurdes Rodrigues só não entende que os sindicatos tenham convocado a manifestação de ontem depois de terem assinado um memorando de entendimento com o Ministério, em Abril. As horas despendidas para a elaboração do programa não são para deitar fora. A ministra recorda os dois anos e as mais de cem reuniões sindicais realizadas

Mais de cem mil professores de todo o País manifestaram-se ontem nas ruas de Lisboa e aprovaram uma greve para 19 de Janeiro e o endurecimento das formas de luta contra o modelo de avaliação de desempenho. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reagiu ainda a manif não acabara, garantindo não aceitar a suspensão da avaliação, o que suscitou uma reacção dura dos sindicatos, que prometem 'guerra' e admitem antecipar a greve para este ano ainda. 'Ou o Ministério da Educação suspende a avaliação de desempenho, avançamos para a negociação e o ano lectivo decorre normalmente, ou o ME vai ter luta o ano todo. Se querem guerra vão ter', proclamou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, em cima do palco montado no Marquês de Pombal, ponto final de uma manifestação que durou mais de quatro horas. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assegurou que o processo de avaliação de professores é para continuar e que nem a dimensão da manifestação a vai fazer voltar atrás … … … 'Este processo é o resultado de uma negociação.”

  • Maria de Lurdes Rodrigues critica sindicatos por não cumprirem acordo com tutela ( Público )

A ministra da Educação reafirmou hoje que não vai recuar no sistema de avaliação do desempenho de professores, mesmo com dezenas de milhares de professores a contestar a sua política educativa. Numa reacção à manifestação que decorre em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues lamentou que os sindicatos do sector venham para a rua criticar o modelo de avaliação que resultou de um entendimento com o ministério.“Estão criadas condições institucionais e legais para que se concretize a avaliação. Não tem sentido para mim falar de outro modelo de avaliação. Este foi negociado durante mais de dois anos. Este modelo não saiu de uma cartola, foi negociado com os sindicatos em mais de 100 reuniões”, insistiu, dizendo esperar que “os sindicatos cumpram o que foi acordado”.

Portanto está tudo esclarecido. Não vale apenas negociar, porque não há negociação nenhuma e tudo o resto é PAISAGEM.

Nem melhor se fazia antes do 25 de Abril e tudo no interesse do bem comum(?). Viva SÓCRATES E O SEU GOVERNO!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

MAIS DEPRESSA SE APANHA UM MENTIROSO...

O Magalhães
Há dias o telejornal da TVI dava nota de que o “invento” português que Sócrates baptizou de “Magalhães” mais não era do que uma das muitas réplicas Classmate PC, concebido e produzido pela Intel.
Trata-se, segundo a mesma fonte, de um computador de baixo custo, idealizado para crianças e que se encontra à venda desde 2006 em várias partes do Mundo. A singularidade portuguesa esgota-se, pois, no nome, no logótipo e na capa exterior.
Ilustrava ainda a notícia que o “Magalhães” era na Indonésia o Anoa, na Índia o Mileap-X séries, em Itália o Jumpc.
Apenas em Portugal, no entanto, foi apropriado pelo Governo e erigido em bandeira da inovação, da audácia e do pioneirismo. Virtudes que, afinal, se resumem à capacidade de transformar o quase nada em quase tudo, confundindo o conteúdo com o continente. Dirão os publicitários que mais vale a embalagem que o produto ou que um rótulo apelativo consegue vender a maior mixórdia. Lição apreendida pelos estrategos socialistas e executada com insuperável perícia. Mas a singularidade do nosso Classmate PC de apelido Magalhães está na sua gestação. O Estado, que o perfilhou como bem pátrio, adjudicou a sua produção (ou montagem) sem concurso público a empresa arguida em processo-crime de fraude fiscal, como também foi amplamente noticiado e demonstrado. Ou seja, o Governo vendeu ao País a ideia de que atingiu a vanguarda tecnológica e logrou inventar um computador que, afinal, já fora inventado por outros. Adjudicou o produto a empresa acusada de crime grave. Em qualquer país decente estes factos dariam azo a uma profunda investigação e a incisivos e consequentes inquéritos parlamentares, submetendo os responsáveis pelo menos à obrigação de prestarem esclarecimentos públicos. Nada. As notícias esmoreceram, as oposições não reagiram e a vida prossegue neste Portugal redescoberto com novo “Sillicon Valley”. Permanece, no entanto, o mistério. Como pode o primeiro -ministro ignorar ambos os factos e persistir na propaganda do Magalhães, interna e externamente?
O que leva o primeiro-ministro português a usar a Cimeira Ibero-Americana para apontar o computadorzinho da Intel com farda nacional como produto do“Portugal tecnológico”, sugerindo aos seus homólogos uma ideia pouco proba do rigor português? Tudo se esclareceu, porém, quando afirmou com loquacidade que os seus assessores só trabalham com o Magalhães. Realmente, o que se pode pedir a um primeiro – ministro cujo gabinete apenas conhece um computador infantil?

José Luís Seixas - Advogado

O artigo acima transcrito vem publicado hoje no diário de distribuição gratuita DESTAK e está devidamente assinado.

Só a parte final era conhecida, é que agora além do um primeiro - ministro, engenheiro também temos um primeiro - ministro vendedor de software.

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