quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1º DEZEMBRO 1640

A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte dinastia filipina e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da Casa de Bragança.

Os ataques aos territórios portugueses e aos navios que transportavam os produtos que vinham dessas regiões começaram a empobrecer os Burgueses e a concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses começava a diminuir-lhes os negócios e os lucros.

Os Nobres tinham perdido todas as suas prerrogativas e viam os seus privilégios serem retirados pelos espanhóis, inclusive os seus postos de oficiais do Exército.

O Povo esse coitado estava pelas ruas da amargura, espoliado do essencial da vida e a terem de trabalhar como escravos dos senhores espanhóis.

Portugal era na prática uma província espanhola, governada de longe, sem qualquer preocupação pelos seus interesses e pelas necessidades das pessoa que cá viviam… estas serviam para pagar os impostos que depois serviam para ajudar a custear as despesas do Império Espanhol, que também já estava em decadência.

Depois de uma série de actos administrativos efectuados pelos espanhóis desde o início do seu domínio sobre Portugal, no sentido de alterar a sua estrutura, um grupo de nobres revoltosos que se tinha vindo a formar dá início à revolta.

Mas uma revolta que tivesse sucesso, teria desde logo que ter o apoio do Povo e do Clero e disso eles estavam certos

De todos eles só havia um que tinha as condições para assumir de novo o trono de Portugal. Era D. João, Duque de Bragança.

Em Espanha, o rei Filipe IV também enfrentava dificuldades e a revolta do seu povo, além de estar em guerra com outros Países. O descontentamento da população aumentava provocando um pouco por todo o País revoluções várias.

A maior de todas rebentou na Catalunha e foi essa que deu oportunidade esperada pelos nobres portugueses revoltosos.

Faltava escolher o dia certo. Em Lisboa estava apenas a Duquesa de Mântua, vice-rei de Portugal (desde 1634), e o seu Secretário de Estado o português Miguel de Vasconcelos.

Os nobres revoltosos convenceram então D. João de Bragança, que residia no seu Palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração e no dia 1 de Dezembro de 1640 avançam para Lisboa e invadem de surpresa o Palácio do Paço da Ribeira, prendem a Duquesa e matam o traidor Miguel de Vasconcelos, levando à restauração do trono do Reino de Portugal e da Casa de Bragança, conferindo o poder reinante a D. João, Duque de Bragança, que assumiu o reinado como D. João IV (1640 – 1656).

Hoje estamos de novo à procura de um D. João IV, mas que teima em não aparecer. Mas também é verdade que não existem já Nobres em Portugal. Mas não podemos desanimar.

PORTUGAL NÃO MORRE. VIVA PORTUGAL