Depois de muito tempo afastado, vou tentar regressar com mais frequência a este pequeno canto de desabafos pessoais.
Não era ainda a data que eu previa, mas já estou farto de ouvir falar de crise. Farto de ver estes gulosos e " chulos" da Sociedade dizerem que estamos bem, que o futuro é risonho, que já ultrapassámos as dificuldades, qe não precisamos de ajuda, mas infelizmente, nós "os camelos" continuamos a sentir e cada vez mais as dificuldades da vida.
Tenho vergonha da Sociedade que estamos e deixar aos nossos netos. Um milhão de vezes pior do que aquela que recebi dos meus avós. Uma Sociedade que apenas era deficitária em Democracia (?), se esse termo se pode aplicar ao descalabro em que vivemos.
Simultâneamente a toda esta 'estória' do O.E. para 2011, temos em marcha uma campanha para eleições presidenciais, já com candidatos em percurso normal.
Os comentários que vejo reproduzidos na Imprensa, os ditos e os não ditos, os recados e todas outras provocações fazem-me lembrar as 'estórias' das comadres de província.
Eu digo, mas não disse. Tu disseste, mas não devias ter dito. Ele afirmou, mas não sabe o que diz.
No dia 15 do corrente mês, segunda feira do mês de Novembro vê-se na Imprensa diária, sobretudo nos jornais " Público " e " I ", na página 7 - sete, em ambos alguns comentários do candidato Sr. Manuel Alegre, sobre a actuação do actual Presidente da República.
- O actual Presidente é um gestor de silêncios.
- O povo precisa de uma uma palavra do Presidente.
Quer isto dizer, na minha opinião que se é preso por ter cão e preso por não ter. Se fala devia estar calado. Se nada diz devia falar.
Defina-se senhor candidato e diga ao Povo Português se o senhor é candidato do Bloco de Esquerda ou candidato do Partido Socialista?
Na minha opinião temos aqui mais uma situação de significados diferentes como a comparação que este senhor fez em relação à palavra " TRAIDOR ".
Em Ditadura tem um significado diferente daquele que tem Democracia.
Deixa-me rir.
TRAIDOR - em qualquer situação é aquele que luta e apoia a luta contra o seu próprio PAÍS e os seus irmãos de raça, colocando em risco a suas vidas ao mesmo tempo que se apraz sobre as suas mortes às mãos dos inimigos.
Não é senhor candidato? Ou já se esqueceu?
Ou será que realmente o seu dicionário é diferente do meu e de mais de um milhão de compatriotas?
